quinta-feira, 14 de junho de 2012

PEDAGÓGICO...


ASSIM NÃO DÁ - IGNORAR A EQUIPE!!!

TODO FUNCIONÁRIO É UM EDUCADOR E NÃO PODE SER TRATADO PELOS GESTORES COMO SE FOSSE INVISÍVEL.
DANIELA ALMEIDA - GESTÃO ESCOLAR ANO III - N. 13 - ABRIL/MAIO.



VOCÊ SABE COMO SE CHAMA A COZINHEIRA QUE PREPARA A MERENDA?
E O RAPAZ QUE RECEBE AS CRIANÇÃS NO PORTÃO?
CONHECER OS FUNCIONÁRIOS PELO NOME TRATÁ-LOS COM RESPEITO É ESSENCIAL PARA UMA BOA GESTÃO DE EQUIPE. É UMA MANEIRA DE VALORIZAR O INDIVÍDUO E DAR O EXEMPLO PARA QUE A CONSIDERAÇÃO PELO OUTRO SEJA A BASE DA CONVIVÊNCIA ESCOLAR. AFINAL, O TRATAMENTO QUE O GESTOR DISPENSA AO GRUPO SERVE DE REFERÊNCIA AOS COLEGAS E ALUNOS.
QUALQUER PROFISSIONAL DA ÁREA ADMINISTRATIVA, DE LIMPEZA, DA COZINHA OU DA SEGURANÇA É UM EDUCADOR E SUA ATUAÇÃO CONTRIBUI PARA A MELHORIA DO TRABALHO PEDAGÓGICO. AO RECEBER BEM OS ALUNOS E OS PAÍS, O PORTEIRO, POR EXEMPLO, CRIA UMA RELAÇÃO MAIS PRÓXIMA COM TODOS E PODE, COM ISSO, TER UM CONTROLE MAIOR DE QUEM CIRCULA POR ALI, GARANTINDO UM AMBIENTE SEGURO AO APRENDIZADO.
ELOGIAR UM SERVIÇO BEM FEITO TAMBÉM É UMA FORMA DE RECONHECER O FUNCIONÁRIO. "CERTA VEZ, UM SEGURANÇA QUE COMEÇOU A TRABALHAR EM UMA UNIVERSIDADE EXIGIU A IDENTIFICAÇÃO DO REITOR PARA DEIXÁ-LO ENTRAR. AO PERCEBER O CONSTRANGIMENTO DO PORTEIRO, O CHEFE FEZ QUESTÃO DE PARABENIZÁ-LO EM PÚBLICO PELA SERIEDADE COM A QUAL EXERCE SEU TRABALHO", CONTA O COORDENADOR DO CURSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS DA UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO, LUCIANO VENELLI COSTA. SE O GESTOR FOSSE PREPOTENTE, TERIA SE SENTIDO OFENDIDO E DESTRATADO O PROFISSIONAL.
PARA QUE UM FUNCIONÁRIO EXERÇA SEU PAPEL A CONTENTO, É PRECISO DAR CONDIÇÕES, VALORIZANDO-O E INTEGRANDO-O AO GRUPO. PROMOVER ENCONTROS PERIÓDICOS PARA OUVI-LOS E DISCUTIR QUESTÕES PONTUAIS, ASSIM COMO CONVIDÁ-LOS ÀS REUNIÕES DE EQUIPE, SÃO BOAS INICIATIVAS. SUGERIR AINDA QUE ACOMPANHEM OS ALUNOS NAS EXCURSÕES, ALÉM DE MELHORAR A FORMAÇÃO CULTURAL, FACILITA A INTERAÇÃO. SÓ NÃO VALE CHAMÁ-LOS PARA CONVERSAS EM QUE ELES NÃO PODERÃO COLABORAR. "SE O TEMA NÃO TEM A VER COM O QUE FAZEM, ELES PODEM SE SENTIR DESLOCADOS", ALERTA COSTA.

Cronograma para um planejamento de 3 dias.

Cronograma para um planejamento de 3 dias
Se a rede prevê menos de cinco dias para que as escolas façam cada uma a sua semana pedagógica, o planejamento desses encontros fica ainda mais importante. Aqui, uma sugestão de cronograma concentrado em três dias de trabalho coletivo. 


PRIMEIRO DIA
Manhã: Apresentação, diagnósticos e agendas Após dar as boas vindas a todos e pedir que se apresentem, fale sobre o perfil da comunidade e das famílias atendidas, explique como são combinadas as regras e como funciona a divulgação de informações administrativas. Fale um pouco da rotina e dos novos materiais adquiridos. Depois, distribua cópias do Projeto Político Pedagógico e apresente os diagnósticos internos e externos para iniciar a discussão sobre o que a escola oferece atualmente e qual o objetivo final. Aproveite para mostrar a organização do calendário com todas as reuniões e eventos previstos ao longo do ano e a grade horária das turmas. Defina também horários de formação permanente e apresente a programação da semana pedagógica para que a equipe saiba de quais reuniões participarão e os assuntos que serão abordados. 
Tarde: Avaliação de projetos institucionais Os projetos institucionais devem enriquecer o currículo, mobilizar a comunidade e, principalmente, ser coerente com o PPP. Analise o que foi realizado em anos anteriores e as novas propostas do ponto de vista das contribuições pedagógicas. Leve também propostas desenvolvidas em outras instituições ou encontradas em bibliografia especializada que podem complementar as ideias já existentes ou serem adaptadas para a instituição. 
SEGUNDO DIA 
Manhã: Passagem de turma Com os portfólios e mapas de aprendizado em mãos, o coordenador pedagógico deve organizar a equipe para que os professores que estão assumindo as turmas tenham informações sobre ela com base nos registros e nos depoimentos dos docentes do ano anterior. Para as turmas dos últimos anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, preveja um orador para falar sobre os avanços em cada área ou disciplina e outra para discorrer sobre o perfil da turma. Enquanto o coordenador orienta os professores, o diretor pode fazer uma reunião apenas com funcionários de apoio e administrativos para reforçar a importância de todos para os objetivos da escola. Escute sugestões de melhorias e monte um calendário de reuniões por área. 
Tarde: Plano de ensino Momento de se dedicar à divisão de conteúdos por bimestre/trimestre e ao planejamento de atividades e projetos didáticos. Agrupe os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental por série e dos anos finais e do Ensino Médio por disciplina. Com base no PPP, no projeto curricular da rede e nas experiências de cada profissional será montado o plano de cada professor. A equipe gestora deverá passar por todos os grupos de trabalho para acompanhar as discussões e garantir que os objetivos da escola estejam contemplados no plano de ensino de todas as áreas. Avise que as propostas fechadas em grupos deverão ser apresentadas a todos no dia seguinte. 
TERCEIRO DIA
Manhã: Continuação do plano de ensino Depois de um dia de discussão, os professores precisam de um momento para apresentar os planos elaborados por disciplina ou série para todos. Isso ajuda a construir a unidade do currículo. Contribua e estimule os colegas, mesmo de outras áreas, a comentar e acrescentar sugestões. Combine com os professores um prazo para a entrega final dos planos de ensino e reforce que haverá reuniões de formação o ano todo para tirar dúvidas e colaborar com o aperfeiçoamento das aulas. 
Tarde: Encerramento e recepção dos alunos Peça a equipe que avalie os debates dos últimos dias, aponte pontos a melhorar e relembre que o planejamento será monitorado ao longo do ano para ajustes e acompanhamento. Aproveite para refletir sobre a recepção dos estudantes nos próximos dias para que eles se sintam acolhidos e motivados.
Fonte: Nova escola Gestão escolar edição 5.2009.

O QUE DIZEM OS CADERNOS DOS ALUNOS!!!



O que dizem os cadernos dos alunos
Para ajudar o docente a melhorar a prática profissional, o coordenador pedagógico conta com ferramentas importantes - como os planos de aula elaborados pelo professor, os resultados das provas e a observação da atuação em sala de aula. Mas há outro recurso muito útil para orientá-lo no planejamento dos encontros de formação para a equipe: os cadernos dos alunos.
A argentina Adriana Díaz, no livro Enseñar Matemática en la Escuela Primaria, explica que, para o estudante, o caderno é o lugar no qual ele guarda os registros do que e como aprendeu. "É onde escreve a história de sua aprendizagem", acrescenta. Sendo assim, as atividades anotadas nas folhas de papel revelam a relação entre o aprendizado da criança e a condição de ensino oferecida pelo professor.
"Se a turma tirou nota ruim em ortografia, por meio do caderno é possível observar como o assunto foi discutido na sala de aula e, assim, orientar o professor em seu planejamento", explica Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR. O coordenador deve deixar claro que não se trata de exercer uma fiscalização, mas observar de que forma os conteúdos são trabalhados, que tipo de anotação as criançasfazem e como o educador realiza as correções para, com base nisso, saber o que é preciso discutir nas reuniões de formação continuada.
A coordenadora pedagógica Fabiana Bargieri, da Escola Projeto Vida, em São Paulo, diz que os cadernos ajudam a detectar, por exemplo, se o professor não perdeu o foco de um conteúdo: "Se a aula era sobre as nações indígenas e eu vejo no registro das crianças anotações sobre as casas dos índios, os rituais e as plantas medicinais, tudo no mesmo dia, chamo o docente para uma reunião, peço que reflita sobre o uso do tempo didático e questiono se o aluno teve tempo de registrar tantas informações."
Esse tipo de observação se torna mais eficaz quando é feita com certa periodicidade e com a comparação de dois ou três cadernos, sempre de estudantes com diferentes níveis de conhecimento da mesma turma (leia outras dicas no quadro abaixo). Note se existem análises e reflexões dos alunos usando palavras próprias. Em caso positivo, isso significa que o professor está explorando os conhecimentos prévios no processo de ensino. O uso de diferentes estratégias para resolver uma mesma operação matemática, por exemplo, indica que houve espaço para a turma pensar, valorizando assim o cálculo mental.
Os cadernos também revelam se há propostas diferenciadas que abranjam a diversidade de saberes dos alunos - essencial para que todos possam estabelecer uma relação com o que está sendo ensinado e consigam, assim, avançar, cada um no seu ritmo.
Outra questão importante é avaliar se as anotações são de autoria própria ou simples cópias do quadro-negro ou dos livros didáticos disponíveis. "É essencial que o estudante faça registros com base nas conclusões que ele tira, depois de um processo de pesquisa e discussão, de forma a construir um conhecimento que tenha sentido para ele", afirma Priscila Monteiro, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
As produções das crianças não podem ser adulteradas. Os erros devem permanecer, fazendo com que o conhecimento seja visto como um processo e não como um produto do que foi escrito no quadro. As correções feitas pelo professor também pedem atenção: ao dar a devolutiva por escrito aos alunos, não basta colocar o sinal de certo ou errado, um "parabéns" ou "precisa melhorar". Para que todos avancem, é preciso explicar o que está errado e por quê, levando-os assim a refletir sobre como raciocinaram ao fazer a proposta. Também é possível avaliar se há continuidade entre as atividades e as sequências didáticas e se elas oferecem um desafio crescente. "A intenção é que os conhecimentos construídos anteriormente sirvam para resolver os problemas seguintes", afirma Priscila Monteiro.
Dicas na observação
Para chegar à pauta
- Examine entre dois e quatro cadernos diferentes por vez.
- Escolha registros de alunos com diferentes níveis de conhecimento de uma mesma turma.
- Para definir o que pode se tornar conteúdo de formação da equipe, anote os problemas que aparecem com mais regularidade e os que são comuns a mais de um docente.
- Feita a análise, apresente ao grupo as práticas que mais chamaram a atenção e pedem uma revisão e avise que elas serão trabalhadas nos próximos encontros pedagógicos.
- Se um professor tem uma dificuldade específica, trabalhe o tema em reuniões individuais.
Fonte: Portal Nova Escola ©

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